A Proclamação da República

A Proclamação da República do Brasil ocorreu em 15 de novembro de 1889, quando um golpe militar liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca derrubou a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil e estabeleceu um governo republicano presidencialista.

O movimento republicano no Brasil ganhou força nas décadas de 1870 e 1880, influenciado por ideais positivistas e pelo exemplo de repúblicas nas Américas. Fatores como a Questão Religiosa, a Questão Militar, a abolição da escravatura (que alienou o apoio dos grandes proprietários rurais à monarquia) e o crescente descontentamento com o sistema político imperial contribuíram para o enfraquecimento do regime monárquico.

No dia 15 de novembro, tropas lideradas por Deodoro da Fonseca cercaram o Ministério da Guerra no Rio de Janeiro, onde estava reunido o Conselho de Ministros. Deodoro forçou a demissão do gabinete do Visconde de Ouro Preto, mas inicialmente não tinha a intenção de derrubar a monarquia. Foi apenas mais tarde, sob influência de republicanos como Benjamin Constant e Quintino Bocaiúva, que a república foi proclamada.

O Imperador Dom Pedro II, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio de Janeiro ao saber dos acontecimentos. Não houve resistência significativa ao golpe, e na madrugada de 17 de novembro, a família imperial partiu para o exílio na Europa.

A proclamação da república foi um evento relativamente pacífico, descrito pelo escritor Aristides Lobo como algo que o povo assistiu "bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava". Um governo provisório foi estabelecido, com Deodoro como presidente, até a promulgação da primeira constituição republicana em 1891.

O 15 de novembro é feriado nacional no Brasil, comemorando a Proclamação da República.