Os Jesuítas no Brasil
Os jesuítas, membros da Companhia de Jesus fundada por Inácio de Loyola em 1534, chegaram ao Brasil em 1549 com a expedição do primeiro governador-geral, Tomé de Sousa. Liderados pelo padre Manuel da Nóbrega, os jesuítas tiveram um papel fundamental na colonização brasileira, atuando principalmente na catequização dos indígenas e na educação dos colonos.
Os jesuítas estabeleceram missões, conhecidas como reduções ou aldeamentos, onde reuniam os indígenas para convertê-los ao cristianismo e ensiná-los os costumes europeus. Estas missões também serviam como proteção contra a escravização dos indígenas pelos colonos.
Na educação, os jesuítas fundaram os primeiros colégios do Brasil, como o Colégio dos Meninos de Jesus na Bahia (1550). Estes colégios ofereciam ensino gratuito e foram, por mais de dois séculos, os principais centros de formação intelectual da colônia.
Os jesuítas também foram importantes estudiosos das línguas indígenas. O padre José de Anchieta, por exemplo, escreveu a primeira gramática da língua tupi, facilitando a comunicação com os nativos.
A atuação dos jesuítas no Brasil terminou abruptamente em 1759, quando o Marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal, expulsou a Companhia de Jesus de todos os domínios portugueses. Esta expulsão foi parte das reformas pombalinas, que visavam modernizar Portugal e suas colônias, além de diminuir o poder da Igreja.
O legado dos jesuítas no Brasil inclui contribuições significativas para a educação, a literatura, a arquitetura (com igrejas e colégios que são importantes monumentos históricos), e a documentação das línguas e culturas indígenas.