A Guerra do Paraguai
A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul, envolvendo a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) contra o Paraguai. O conflito resultou em devastação para o Paraguai, com estimativas de perda populacional que variam entre 60% e 90% da população masculina paraguaia.
As causas da guerra são complexas e incluem disputas territoriais, questões de navegação nos rios da Bacia do Prata, e as ambições do presidente paraguaio Francisco Solano López, que buscava expandir a influência de seu país na região.
O estopim do conflito foi a intervenção brasileira no Uruguai em 1864, que levou López a apreender o navio brasileiro Marquês de Olinda e a invadir o Mato Grosso. Em seguida, ao tentar enviar tropas para o Uruguai através da Argentina, López declarou guerra também a este país.
A guerra passou por várias fases, incluindo a invasão paraguaia ao Brasil e Argentina, seguida pela contra-ofensiva aliada que culminou com a invasão do Paraguai. Batalhas importantes incluem Riachuelo, Tuiuti, Humaitá e a campanha das Cordilheiras.
O conflito terminou com a morte de Solano López na batalha de Cerro Corá, em 1º de março de 1870. Como consequência, o Paraguai perdeu territórios para o Brasil e Argentina, teve sua economia arruinada e sofreu um colapso demográfico que afetou seu desenvolvimento por décadas.
Para o Brasil, a guerra fortaleceu o exército como instituição, aumentou a dívida externa devido aos empréstimos contraídos para financiar o conflito, e intensificou o debate sobre a escravidão, já que muitos escravos foram libertados para lutar na guerra.