A Revolução Farroupilha

A Revolução Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos, foi um conflito regional de caráter republicano que ocorreu na província de São Pedro do Rio Grande do Sul (atual estado do Rio Grande do Sul) entre 1835 e 1845, sendo a mais longa revolta do período regencial brasileiro.

Os principais motivos da revolta foram o descontentamento dos estancieiros gaúchos com a alta tributação sobre o charque (carne seca) produzido na região, a concorrência com o produto uruguaio e argentino, e a centralização política do Império Brasileiro.

Liderados por figuras como Bento Gonçalves, Antônio de Souza Neto e Giuseppe Garibaldi, os farroupilhas proclamaram a República Rio-Grandense, também conhecida como República Piratini, em 11 de setembro de 1836. Posteriormente, em 1839, foi proclamada a República Juliana em Santa Catarina, que durou apenas quatro meses.

O conflito terminou com o Tratado de Ponche Verde, assinado em 1º de março de 1845. Embora os farroupilhas não tenham conseguido manter a independência, obtiveram algumas concessões importantes, como a redução de impostos sobre o charque e a escolha do presidente da província pelo governo imperial a partir de uma lista de nomes indicados pelos próprios gaúchos.

A Revolução Farroupilha deixou um forte legado cultural no Rio Grande do Sul, sendo celebrada anualmente durante a Semana Farroupilha, que culmina no dia 20 de setembro, data do início da revolta.