A Lei Áurea e o Fim da Escravidão
A Lei Áurea (Lei Imperial nº 3.353) foi sancionada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888, abolindo definitivamente a escravidão no Brasil. Com apenas dois artigos, esta lei concisa declarava extinta a escravidão no país e revogava todas as disposições em contrário.
O Brasil foi o último país independente das Américas a abolir a escravidão. A assinatura da Lei Áurea foi o ponto culminante de um processo gradual de abolição que incluiu a Lei Eusébio de Queirós (1850), que proibiu o tráfico de escravos; a Lei do Ventre Livre (1871), que libertou os filhos de escravos nascidos a partir daquela data; e a Lei dos Sexagenários (1885), que libertou escravos com mais de 60 anos.
Embora a Lei Áurea seja celebrada como um marco na história brasileira, é importante notar que ela não previu nenhuma forma de indenização ou integração social para os ex-escravos. Sem acesso à terra, educação ou oportunidades de trabalho dignas, muitos ex-escravos e seus descendentes permaneceram marginalizados na sociedade brasileira.
A abolição da escravidão também foi influenciada por fatores econômicos e pressões internacionais, especialmente da Inglaterra, que tinha interesses em expandir mercados consumidores e já havia abolido a escravidão em suas colônias.
O 13 de maio é comemorado como o Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo no Brasil, reconhecendo tanto a importância histórica da abolição quanto a persistência do racismo e da desigualdade racial na sociedade brasileira contemporânea.