Marechal Deodoro da Fonseca
Manuel Deodoro da Fonseca (1827-1892) foi um militar brasileiro que liderou o golpe de estado que derrubou a monarquia e proclamou a República no Brasil em 15 de novembro de 1889, tornando-se o primeiro presidente do país.
Nascido em Alagoas, Deodoro teve uma longa carreira militar, participando da Guerra do Paraguai e alcançando a patente de marechal. Inicialmente, não era republicano convicto, mas sim um monarquista descontente com o tratamento dado pelo governo imperial aos militares.
A crescente tensão entre o Exército e o governo imperial, conhecida como "Questão Militar", foi um dos fatores que levou Deodoro a aderir ao movimento republicano. Outro fator importante foi a influência do positivismo entre os militares, especialmente através de Benjamin Constant, que defendia a república como forma de governo.
Como presidente, Deodoro enfrentou dificuldades para governar devido à sua inexperiência política e à oposição no Congresso. Seu governo foi marcado por instabilidade econômica, com a chamada "crise do Encilhamento" (uma bolha especulativa no mercado de ações), e por tensões políticas.
Em novembro de 1891, Deodoro dissolveu o Congresso e tentou governar de forma autoritária, mas a forte oposição, incluindo uma revolta naval liderada por Custódio de Melo, forçou-o a renunciar apenas três dias depois. Foi sucedido pelo vice-presidente Floriano Peixoto.
Deodoro faleceu em 23 de agosto de 1892, menos de um ano após deixar a presidência. Apesar de seu curto e turbulento governo, é lembrado como figura central na transição do Brasil de monarquia para república.